11ª Festa do Divino de Cambuquira Celebrou a Sabedoria

11ª Festa do Divino de Cambuquira Celebrou a Sabedoria

Declarada Patrimônio Imaterial do Brasil, a Festa do Divino Espírito Santo, criada mais de 7 séculos atrás em Portugal pelos reis D. Dinis e Rainha Santa Isabel, foi encenada pela 11ª vez em Cambuquira, Minas Gerais, dia 28 de junho, com as características e o colorido da celebração original,

Neste ano, a festa celebrou o Dom da Sabedoria, um dos 7 dons concedidos à humanidade pelo Espírito Santo. Por esse motivo, a festividade foi simbolizada por um livro aberto, de onde voavam as páginas como pombos do Divino.

Os enfeites das ruas, prédios e praças da cidade foram feitos em mutirão pelos moradores de Cambuquira e voluntários do Sul de Minas e de São Paulo, estes pertencentes ao Trilogy Institute _ Universidade Livre Terapêutica em Línguas.

Organizada pelo histórico Grande Hotel Trilogia (GHT) – transformado em um centro de difusão artística, cultural, tecnológica e de saúde integral através dos projetos do Instituto Keppe e Pacheco de Ciência e Tecnologia – contou com apoio da Prefeitura Municipal de Cambuquira, da Paróquia de São Sebastião, do Gran Circo Marconi, Festa do Divino São Bento de Campanha, e de muitas outras associações cambuquirenses, as quais nos referenciamos no final desta matéria.

O lema da festa

O lema da festa, escolhido para este ano, foi a frase do cientista Norberto Keppe: “O amanhã será o que fizermos hoje”, que tem tudo a ver com a mensagem futurista e de grande esperança desta histórica festividade.

Às 8 horas houve concentração para o Cortejo do Divino, em frente ao Grande Hotel Trilogia (GHT). Dali, o cortejo – que incluiu cavaleiros, carros de boi, fantasias medievais usadas nas primeiras festas, e pessoas de várias nacionalidades, cada uma levando a bandeira de sua nação – seguiu para a Igreja Matriz, onde houve missa, às 9 horas, na Paróquia de São Sebastião e Benção dos Pães.

Às 10h30, a festa seguiu com a cerimônia de Libertação dos Presos e a Coroação do Menino Imperador, em frente ao Grande Hotel Trilogia. Esta simbologia, criada pelos reis portugueses, é para significar que, na Idade do Espírito Santo, as crianças serão os seres mais importantes, pois estão mais próximas de Deus. Em Portugal, o Menino Imperador reinava durante um ano, era homenageado pelos reis e nobres, e podia ir às prisões e ordenar a libertação dos presos. A cerimônia da libertação dos presos foi idealizada pelo rei-poeta D. Dinis para simbolizar que, na era do Espírito Santo, não haverá mais prisões internas e externas para o ser humano, que será inteiramente livre de suas patologias.

Às 11h30 o cortejo seguiu até o Gran Circo Marconi, no Bairro da Lavra, onde ocorreu o Bodo Rainha Isabel (oferecimento de refeições gratuitas), cumprindo a tradição criada pela monarca portuguesa, de oferecer alimento gratuito para o povo; os nobres e os reis participavam dessa alimentação conjunta com a população, para significar que, na Era do Espírito Santo haverá fartura de alimentos e uma sociedade sem classe, onde todos terão os mesmos direitos e oportunidades. Ao todo foram distribuídos mais de mil pratos em Cambuquira, feitos por voluntários da festa, o que já é uma tradição também na cidade.

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