Artigo publicado no Jornal STOP, edição 19
Anna Karin Gjörnsdotter Lindquist, Suécia,
professora de inglês e sueco do Trilogy Institute
Sou da Suécia e cheguei ao Brasil sete anos atrás, com o intento de conhecer o trabalho de Norberto R. Keppe; hoje, sou professora no Trilogy Institute (Millennium) com treinamento em Psicanálise Integral. Durante as aulas, sigo o método pedagógico desenvolvido por ele; faço também faculdade de Pedagogia via internet na Suécia, e foi aí que surgiu a idéia de fazer um trabalho de resumir a visão pedagógica keppeana.
De acordo com Christer Stensmo, docente em pedagogia em Uppsala, na Suécia, os seguintes pontos estão na base de uma visão pedagógica:
1. a ontologia (estudo do ser);
2. a epistemologia (reflexão sobre o conhecimento);
3. a visão da ética;
4. a visão do ser humano;
5. a visão da sociedade;
6. e a visão da situação pedagógica
(STENSMO, Christer, Pedagogisk Filosofi, 1994, Studentlitteratur, Lund).
Não é uma tarefa fácil resumir a visão pedagógica de Norberto Keppe em um simples artigo, por isso, eu recomendo aos interessados que leiam as obras dele para conhecerem melhor a grandeza do trabalho.
A ontologia trata de questões sobre a natureza básica, o fundamento da realidade. Na ontologia você faz perguntas como: a realidade é aquilo que nós podemos observar ou é uma outra coisa daquilo que nós podemos perceber com os nossos sentidos?
Para Keppe, a realidade é tanto imaterial quanto material. Existe uma energia (denominada por Tesla de escalar) que forma tudo o que existe: o mundo espiritual e o mundo material.
A realidade, portanto, é muito maior do que aquilo que nós podemos captar com os nossos sentidos. No entanto, temos consciência dela e poderíamos abarcá-la com uma amplitude inimaginável, se não nos opuséssemos continuamente ao conhecimento, como o fazemos.
A essência do ser humano é a ação pura
Outra constatação de Keppe, com base em sua Nova Física, é que tudo que existe está em ação (vibração).
A potência é apenas a deformação (estagnação) da ação. O estado natural do ser humano é o da ação, a chamada ação pura, o que significa uma ação boa, seja no trabalho, no pensamento e na intenção.
Se a pessoa não está nesse tipo de ação, está se impedindo de ser, bloqueando ou destruindo as qualidade que tem.
Para Keppe, a essência se identifica com a existência. Se uma delas é deformada, a outra também será. Por exemplo, se a pessoa nega, omite ou distorce suas idéias e sentimentos genuínos, colocando ódio, inveja e arrogância no lugar do amor e da razão, terá uma existência problemática; de outro lado, se ela começa a existir de um modo antinatural, também deforma sua psique (e até os seus genes); de maneira que, conscientizando e corrigindo a conduta, corrigirá também o aspecto interior, e vice-versa.
O mal-estar é a rejeição ao bem
Segundo Keppe, o mal, o erro, a patologia é apenas uma privação do bem, do certo, do saudável. O mal não existe por si, sendo apenas a negação, omissão ou deturpação do bem. Se uma pessoa está doente, isto é sinal que ela tem na base uma saúde perfeita, que está rejeitando; se ela é ignorante, é apenas porque está negando a inteligência que tem em seu interior; se ela se torna feia e ignorante é principalmente porque não quer dar glória a Deus e manifestar toda a beleza e inteligência que o Criador lhe deu.
Estes princípios da metafísica são fundamentais para o entendimento de todos os campos do conhecimento e se mostram muito práticos e eficientes no ensino que praticamos no dia-a-dia no Trilogy Institute.
A epistemologia estuda a origem e a validade do conhecimento. O que você pode conhecer? Quando você conhece? E como você obtém o conhecimento? Assuntos tratados por Keppe em seu livro O Homem Universal.
Para mais informações ligue para as unidades do Trilogy Institute :
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