Na Suécia, maçãs se transformam em ação no bem em apoio a Cambuquira

Na Suécia, maçãs se transformam em ação no bem em apoio a Cambuquira

Todo outono a cozinha de Germa Miltenburg em Öringe se transforma em uma fábrica de produtos de maçã, que ela vende para apoiar o renascimento de Cambuquira.
Todo outono a cozinha de Germa Miltenburg em Öringe se transforma em uma fábrica de produtos de maçã, que ela vende para apoiar o renascimento de Cambuquira.
Por José Ortiz Camargo Neto
 

Enfermeira sueca vende produtos de maçã em Tyresö para apoiar os projetos sociais da Trilogia em Minas

TUDO COMEÇOU CINCO anos atrás, quando a enfermeira Germa viajou para o Brasil e à cidade de Cambuquira para conhecer a Associação “Stop a Destruição do Mundo” e a campanha “Ação no Bem”. Através da construção de casas, cultivo ecológico, pintura, costura, teatro, música e dança, os moradores da cidade têm uma chance de sair da pobreza e levantar a sociedade.

Inspirada pela iniciativa, ela decidiu apoiar voluntariamente o projeto, quando voltou a sua cidade, na Suécia. Ao voltar de sua viagem, Germa reparou em todas as maçãs que caem ao chão no outono, lá permanecendo e trazendo um peso à consciência dos proprietários das casas. Ela lhes perguntou se não poderia recolhê-las, e várias pessoas com grandes pomares de maçãs deram sua permissão, aliviadas.

PARA GERMA, um novo ciclo de vida se iniciou dessa forma. Nos dias em que não trabalhava como enfermeira, ela colhia maçãs e guiava até Rosenhill, em Ekerö, para extrair seu suco. Ela o pasteurizava no fogão de sua casa para depois despejá-lo em garrafas decoradas com etiquetas rústicas. O produto final é suco, chutney (um tipo de molho) e granola, que ela vende em feiras de natal. O resultado monetário é transferido para o projeto social de Cambuquira. O dia em que vários de seus amigos vêm ajudar a descascar, cortar, ferver e colar etiquetas já se tornou uma tradição anual.

– Geralmente, começamos de manhã cedo, e tudo tem sido muito bom. Por alguma razão, a conversa flui muito bem quando a gente trabalha, diz ela.
As maçãs são colhidas, descascadas e cortadas metodicamente pelos dedos ágeis de Germa Miltenburg. Normalmente, ela executa seu trabalho acompanhando a estação de rádio P1.

– O trabalho com as maçãs tem me deixado mais instruída do que nunca, conta ela de forma alegre e muito, muito satisfeita. – Eu não consigo pensar em nada de ruim nesta atividade. Quem se livra das suas maçãs fica contente; eu tenho a chance de me exercitar, usar minhas mãos e fazer algo significativo; a feira de natal tem um ambiente maravilhoso; e para quem participa dos projetos no Brasil isso também é bom. O meu trabalho só tem vantagens, diz Germa.

ESTE ANO, Germa Mittenburg espera um novo recorde de vendas. Em sua garagem, já existem 600 garrafas de suco estocadas. Os últimos vidros de chutney e os últimos pacotes de granola estão quase prontos. No primeiro fim de semana de dezembro, tudo vai ser transportado para Lilla Tyresö para ser vendido na feira de natal.
– Eu acho que esta ideia tem todo o potencial do mundo para se desenvolver. Se houvesse mais pessoas participando, isso poderia ficar muito interessante, diz Germa Miltenburg.

FATOS (publicados pelo jornal sueco):

Faça o bem, em vez de possuir coisas

– Onze anos atrás, a organização sem fins lucrativos Stop a Destruição do Mundo iniciou a campanha Ação no Bem em Cambuquira-MG.

– Essa campanha se baseia na crença de que o indivíduo e a sociedade se sentem melhor quando as pessoas têm possibilidade de fazer boas ações –

– O dinheiro que é doado para o projeto cultural e social Ação no Bem pode ser usado, por exemplo, para comprar material de trabalho e ferramentas.

FONTE: socialtkulturelltprojekt.se

 

 

 

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