Por que Realizar o Bem é tão Difícil?

Por que Realizar o Bem é tão Difícil?

Quase todas as pessoas que conheci ao longo de minha vida, no Canadá, Europa, Estados Unidos e agora no Brasil, geralmente mostram ter grande dificuldade para realizar coisas necessárias, boas e fundamentais para sua vida. Por exemplo: falar em público, estudar, produzir melhor, gerir sua vida econômica, relacionar- se, libertar-se de vícios etc. Por que isso acontece?

Em minha experiência de 21 anos lecionando inglês no Brasil, dando aulas de como falar em público, e ensinando o idioma através do teatro, pude observar várias coisas. Por exemplo, uma das queixas dos alunos é de passarem por atritos frequentes com amigos, namoradas, colegas de trabalho, chefes ou subordinados, não conseguindo manter um bom relacionamento ou um espírito de trabalho em equipe.

Outros contam que começam a produzir algo, vão bem durante um tempo, mas depois perdem a intensidade e ritmo necessários para ter uma boa produtividade, chegando a sofrer reprimendas. Há aqueles que se queixam de não conseguir pôr em ordem a vida econômica e de ter muitas, mas muitas mesmo, dificuldades nos estudos, de forma geral. E um dos fenômenos mais comuns entre eles é entrarem em pânico quando precisam falar em público, ou apresentar algum projeto oralmente para um pequeno grupo em sua empresa ou faculdade. Mesmo falar alguma coisa na sala de aula. Como eles mesmos explicam, toda essa tensão causa- lhes imenso sofrimento, e sabemos que o estresse continuado provoca doenças orgânicas, psíquicas, acidentes etc.

Não querer admitir que erramos gera raiva, insatisfação, medo, tensão, depressão, formando atritos e improdutividade. Como poderemos agir sem errar (nos perguntamos) – então achamos que é melhor ficar parados (não falar, não executar um trabalho, não estudar etc.) Assim sendo, a principal conduta salutar que podemos ter para conseguirmos evoluir é aceitar ver nossos erros.. Saber que eles, se bem conscientizados, são lições de vida para que possamos cada vez mais, errar menos.

Precisamos saber que só quem faz pode errar alguma coisa, pois quem não faz nada pensa sempre que é muito certo e perfeito. A diferença é que este último entra nos delírios (psicose) e só quem realiza o que é bom, bonito e verdadeiro permanece na realidade (sabedoria).

 

Richard Jones é canadense, trabalhou como locutor de rádio e ator, escreve para o STOP e leciona inglês no Trilogy Institute (Millennium Línguas).

 

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