Por Selma Pup Genzani, Psicanalista Integral da Sociedade Internacional de Trilogia Analítica e professora de Psicanálise Integral e integrante da equipe de coordenação do curso de Especialização de Gestão de Conflitos do Instituto Keppe & Pacheco, de São Paulo.
Nunca se ouviu falar tanto em conflitos; realmente, parece que vivemos mergulhados neles. Onde há seres humanos, há conflitos. Pode-se erradicá-los? Pelo consta, nunca se conseguiu.
A questão que se coloca então é: como administrá-los? Isto é possível?
Os conflitos começam dentro de cada um de nós. Deste que nos demos conta, estivemos às voltas com conflitos internos éticos, afetivos, espirituais, de consciência.
Em seguida, estão os conflitos interpessoais, em casa (pais e filhos, casais), com os vizinhos, na escola e, posteriormente, no ambiente de trabalho.
Há conflitos entre grupos como empregadores e empregados, partidos políticos, times de futebol, homens e mulheres, orientações religiosas, facções criminosas, preconceito racial, intolerância diante de preferências sexuais, imigração, países entram em conflito, culminando em guerras.
O que causa tanto conflito? Diferenças de opinião, interesses, disputa por poder, terras, território de atuação, fontes de energia, etc.
Na base versa uma intolerância muito grande: não se tolera a diferença, a opinião divergente, a doença. Trata-se de uma grandeintolerância à consciência. O que vejo no outro e me incomoda, é fonte de consciência do que tenho em mim também. Aí, dependendo do grau de tolerância a esta consciência, se lida melhor ou pior com a situação. Em geral, o ser humano tem profunda rejeição à consciência, especialmente de seus problemas. Não gosta de vê-los, censura e os projeta nos demais. (projetar é ver os problemas sempre fora, nas outras pessoas, nos outros povos).
Há grupos que tentam acabar com a consciência de forma radical; são, por exemplo, os extremistas que saem jogando bombas ou atirando em grupos que lhes desagrade.
Cada ser humano gosta de ter suas vontades atendidas e de se achar sempre certo (desde a infância isto é observável nas crianças que choram ao serem contrariadas e não aceitam ser corrigidas). Assim sendo, adaptar-se à realidade é sempre um exercício custoso e visto como muito desagradável.
Se as vontades do ser humano fossem a seu favor, isto é, de acordo com sua essência, estaria tudo bem. Mas, o ser humano é invertido, e não age pela razão. Age pelas emoções, que estão invertidas. É por isso que tem atração pelo nocivo e rejeição ao que lhe faz bem. (a inversão psico-social é uma descoberta de Norberto Keppe, 1977)
Exemplo clássico é o cigarro. Todos sabem que faz mal; no entanto, fuma-se. Não é uma decisão racional, mas sim emocional, invertida de atração pelo nocivo.
Exemplo de sociedade invertida é a nossa onde dá-se mais valor ao ter do que ao ser. Assim sendo, o que não gera lucro não tem valor. Por isso, os campos da educação ou o artístico são dão menosprezados em nosso país.
Outro fator a ser visto é o da idealização. Nossa tendência é geralmente a de idealizar pessoas, situações, instituições, etc.
Ao se perceber, posteriormente, que o idealizado não corresponde às expectativas iniciais, muito conflito é gerado.
O Instituto Keppe e Pacheco, que atua há mais de 40 anos com a aplicação da Psicanálise Integral, criada pelo psicanalista Norberto Keppe, apostou firme na necessidade de se lidar com os conflitos e ministra um curso de Pós Graduação em Gestão de Conflitos. O curso oferece uma imersão em disciplinas essenciais para a compreensão deste complexo tema como filosofia, teologia e energética, além de aulas e sessões terapêuticas de conscientização. Esta metodologia que alia teoria e prática proporciona conhecer a conduta própria e alheia que impedem o desenvolvimento no trabalho e nos relacionamentos.
Pós Graduação – Gestão de Conflitos (Psico-Sócio-Patologia)
Duração: 2 anos | Aulas: 1 fim de semana por mês
Início: 24 de setembro de 2016
O Curso de Gestão de Conflitos – Psico-Sócio-Patologia (na modalidade Pós-graduação Lato sensu ou livre) é baseado na Psicanálise Integral (Trilogia Analítica), ciência desenvolvida pelo psicanalista, filósofo e cientista social Norberto Keppe, internacionalmente conhecido pelos resultados práticos em seu eficaz método de socioterapia que estuda as causas, a inter-relação e o tratamento das doenças psíquicas, orgânicas e sociais.
