Entrevista com Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco, psicanalista, presidente da Associação Keppe & Pacheco.
STOP: Por que este curso de Gestão da Psico-sócio-patologia (Gestão de Conflitos)?
Cláudia B. S. Pacheco: Em meu livro De Olho na Saúde mostrei um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) da ONU segundo o qual uma em cada quatro pessoas caminha, em algum ponto de sua vida, para uma crise de ordem psíquica, de doença mental. Segundo esse relatório, divulgado em fevereiro de 2007 perante o Parlamento Europeu, pelo menos 1 bilhão de pessoas sofrem de doenças mentais no mundo.
Por esse motivo, temos recebido solicitações de ajuda em grande número, de várias partes do mundo, para enviarmos nossos professores, psico-sócio-terapeutas e psicanalistas para auxiliarem em empresas, escolas, instituições públicas, com palestras, workshops de conscientização etc. O volume de solicitações é tão enorme que já não damos conta disso. Precisamos urgentemente formar pessoas que possam suprir essa necessidade. Como a formação de um psicanalista é demoradíssima, decidimos preparar técnicos que possam atuar satisfatoriamente nesses locais.
STOP: Então, o campo de trabalho é imenso!
CP: De fato, pois a humanidade está cada vez mais tensa. Um estudo do Instituto de Pesquisa Gallup, efetuado no ano 2000 revelou que 80% dos trabalhadores sentem estresse no trabalho. Quase metade afirma que, precisa de ajuda de profissionais para lidar com o estresse. Portanto é um problema imenso que precisa do maior número possível de profissionais especializados para tratá-lo.
STOP: Qual seria a principal função do Gestor de Conflitos?
CP: O campo é imenso. Nos mesmos locais onde nossos psico-sócio-terapeutas já atuam: estabelecimentos de Ensino, de Saúde SPA’s; Academias e atendimento domiciliar; Programas Sociais (Associações, Fundações e outras Instituições do 3° setor) Ambientes de Trabalho (indústrias, escritórios, comércio, sindicatos, escritórios de profissionais liberais) Instituições Religiosas, Associações Esportivas, Centros Turísticos (hotéis, resorts e excursões) Centros Artístico-Culturais (teatros, museus,exposições). Enfim, onde houver necessidade de seus serviços – e podemos dizer que é praticamente em toda a parte.