Artigo publicado no Jornal STOP, edição 59
Norberto R. Keppe,
Extrato do livro A Libertação dos Povos – A Patologia do Poder,
Cada ser humano, logo ao nascer, torna-se escravo dos que têm o poder econômico-social, porque tem de comprar sua comida, a casa onde mora, a roupa que usa, o sapato que calça — praticamente, entra em um inferno de existência. E o pior é que vemos diariamente indivíduos morrendo de fome e de frio, no mundo todo, por causa da maldade dos que retêm o poder econômico — pessoas frias, sem nenhuma caridade, agressivas e más como só são os demônios.
Os que têm o poder econômico social acreditam que são eles que carregam o mundo, e não que é toda a humanidade que tem de carregá los, em seu egoísmo e exploração, que privam os seres humanos do seu bem-estar e liberdade.
Parece incrível, mas a libertação atual do ser humano depende basicamente da anulação do poder econômico-social — porque toda a humanidade passou a girar em torno desse poder, que açambarcou todos os meios de produção, a ciência, artes e a tecnologia, colocando todos os países, homens e mulheres sob sua dependência.
Ele é como o grande ladrão e mafioso, que obriga cada cientista, artista, ou trabalhador a entregar a ele o produto de seu trabalho, para que seja usado.
O grande pecado do mundo está no poder, que agora se localiza no setor econômico-social — porque todos os erros cabem na atitude do poderoso: inveja, ódio, avareza, preguiça, gula, orgulho e luxúria — e tal poder como está sendo usado, constitui uma atitude de negação, omissão e deturpação da realidade.
O tempo dos poderosos na economia está chegando ao seu fim, porque eles se distanciaram tanto do trabalho, que não têm mais apoio para continuar com os seus lucros fabulosos; é fundamental que o povo não os siga, para não afundar com eles.
Se o trabalho não for realizado para ajudar o próximo, será para prejudicar, como está acontecendo atualmente, com 1/3 da população mundial passando fome, 1/5 sem habitações decentes para morar, e 90% ganhando o insuficiente para ter uma vida satisfatória.
“A libertação atual do ser humano depende basicamente da anulação do poder econômico-social”
Os meios de repressão defendem violentamente o poder econômico-social. 1º) porque os policiais, os políticos, e até o povo acreditam que eles dependem de tal poder; 2º) o problema da inversão psicossocial existe na mente e na sociedade — o que leva o ser humano a imaginar o contrário da realidade, isto é, que o povo precisa dos poderosos, e não que estes últimos dependem dele.
De maneira que nosso grande trabalho deverá ser no sentido de educar e desenvolver o povo, para conscientizar e assumir o que é dele; depois de tantos séculos de mentiras, é difícil, de repente, o ser humano perceber como foi tão enganado — mas temos de começar a realizar isso agora — daqui a pouco tempo, todo o povo sentirá grande gratidão, pelo que estamos fazendo agora para libertá-lo.
Queremos exatamente isso: a libertação do povo. Seja um fator espiritual, filosófico, ou científico, a verdade é que sempre fomos escravos, e agora podemos finalmente nos libertar dos “demônios” que sempre estragaram nossa existência — e no momento estão agarrados ao poder econômico-social.
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