O Fundamento de Todo o Conhecimento Reside na Teologia (Unida à Filosofia e à Ciência)

O Fundamento de Todo o Conhecimento Reside na Teologia (Unida à Filosofia e à Ciência)

Artigo publicado no Jornal STOP, edição 25

Norberto R. Keppe,
extrato do livro O Homem Universal

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www.livrariaproton.com.br

Segundo o autor, Norberto Keppe, o nome deste livro, que traz o pensador grego Platão na capa, poderia ser também“O Homem Integral, O Homem do Terceiro Milênio, ou mesmo, O Homem Cósmico – o que significa um enorme passo do ser humano para desenvolver a civilização ao seu apogeu”.

Existem três grandes ciências na humanidade: a teologia, a filosofia e a chamada experimentação – evidentemente estou usando o termo ciência em seu sentido geral de conhecimento. Pois bem, assim como são interligadas, também existe a decorrência de uma com outra, sendo a teologia a fundamental que em seguida fornece origem à filosofia (que adquire concomitantemente sua existência por si) e finalmente a ciência, derivada das duas (que se torna também autônoma).

Aqui chegamos à idéia de Anselmo: creia para que entenda (credo ut intelligam) que foi enorme pomo de discórdia ao tomismo – o que mostra como os indivíduos ligados a esse campo teológico são os mais brilhantes no entendimento de tudo, desde que não se descure dos outros setores.

Quando falo de teologia não quero dizer só de seu aspecto de revelação, mas de todo o arcabouço racional que é captado naturalmente pela mente humana, denominado por Leibniz de teodicéia (Précis D ‘Histoire de La Philosophie, Thonnard, pág. 525).

Não se trata de querer subordinar filosofia à teologia (A Filosofia Medieval, François Châtelet, pág. 121) porque são independentes, mas de reconhecer o valor maior desta última, como se fosse a mola mestra através da qual tudo caminha.

Tanto a filosofia como a ciência não deixam também de ser revelação, desde que suas descobertas apareçam como «flashes» em pessoas de alto nível intelectual.

Os pesquisadores modernos elaboraram uma tese semi-errônea, ou seja, estão de acordo que o primeiro passo da civilização é passar dos aspectos místicos para os científicos (comprováveis e até experimentais),mas depois colocam esse primeiro passo no campo da superstição, como dizem mítico (sem relação com a realidade), englobando aí as artes.

O que estou querendo explicar é que o fundamento da civilização é o teológico, depois o filosófico e finalmente o científico, pois o menor sempre vem do maior – sendo o reconhecimento de Deus o mais importante de todos – pois ele é o maior ser em todo o sentido.

Nesse caso temos de admitir que a civilização antiga foi superior em relação à medieval e à moderna – e que nós estamos colhendo seus frutos; esse fato está bem de acordo com o declínio do ser humano que veio de uma era de ouro, para outra de prata, bronze, ferro e barro, como falam os seguidores do profeta Daniel. Tanto os filósofos antigos da Grécia como os posteriores seguiram uma via errada que levou à fragmentação da civilização.

Para o ser humano atingir uma realização total, evidentemente precisa aumentar sua estrutura interna, não só intelectualmente (através da verdade), como emocionalmente (afeto), e pela consciência (ação correta), conduta trina, que é a única maneira de evitar o fanatismo, ou a visão parcial sobre a existência
Para o ser humano atingir uma realização total, evidentemente precisa aumentar sua estrutura interna, não só intelectualmente (através da verdade), como emocionalmente (afeto), e pela consciência (ação correta), conduta trina, que é a única maneira de evitar o fanatismo, ou a visão parcial sobre a existência

Muitos indivíduos comentam desfavoravelmente sobre minha orientação alegando que coloco na ciência uma abordagem teológica – como se os outros cientistas não fizessem o mesmo o tempo todo, só que no sentido de aceitar, negar ou denegrir a imagem divina neste mundo.

Tudo o que a mente capta seja na filosofia ou ciência parte de uma revelação inicial, que Parmênides (o criador da própria filosofia) chama de experiência de ascese ou revelação (A Filosofia Pagã, François Châtelet, pág. 41).

Estou falando que o conhecimento é algo superior à capacidade humana, vamos dizer que é um elemento transcendental, eterno e imutável – assim como o afeto – como se fossem duas energias fundamentais responsáveis pela própria existência do homem. É por esse motivo que onde predominam o ódio, a inveja e a ignorância tudo entra em decadência. O raciocínio mesmo é o processo de colocar em discussão o próprio conhecimento, dando azo para a dúvida e a controvérsia; portanto, torna-se uma atitude de se opor ao que se sabe.

Se os princípios são a fonte de todo conhecimento, sendo captados imediatamente pelo intelecto e não necessitando de demonstração, cada vez que desejamos comprová- los é porque tentamos colocá-los abaixo de nosso nível. Na verdade, os princípios são indemonstráveis, eternos e imutáveis porque são a manifestação do que temos de perene e perfeito na mente: os universais.

“A vivência nesses três setores: ciência, filosofia e teologia é que comporá a universalidade do ser humano (ternário em sua essência) e que espera retornar ao que era no primórdio da vida, para se sentir bem dentro da verdade, do amor e da beleza nos quais foi formado.

Afinal de contas, a estrutura do homem é universal, abrangendo a verdade que existe em todos o setores da vida, o amor que não vê idade, tempo e lugar, e a consciência que atinge todos os aspectos do ser – pois eles existem em nós sem nós, mas para se fazerem valer necessitam de nosso acolhimento.”

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