A Libertação do Povo

A Libertação do Povo

Artigo publicado no Jornal STOP, edição 35

Norberto R. Keppe, psicanalista,
extrato do livro A Libertação dos Povos – A Patologia do Poder

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Temos de modificar imediatamente as leis, que permitem aos mais doentes dominar a sociedade, e estar atentos para que os indivíduos maus não as distorçam novamente. Temos de vigiar cada minuto, para que não sejamos lesados. “A eterna vigilância é o preço de nossa liberdade”, como falava Lincoln.

A função de nossa ciência trilógica é a libertação do povo. Muitos poderão dizer: “Libertar o povo do quê”? E a nossa resposta é a seguinte: o povo, até hoje, foi totalmente escravo dos poderosos; diretamente, através da escravidão, ou indiretamente, por meio dos regimes sociais, que vigoram desde a criação da sociedade.

Seja o governo imperial, o feudal, o burguês, o capitalista, e o marxista, a humanidade está sempre a serviço dos poderes econômicos e políticos — nunca o povo serviu a seus próprios interesses; o que equivale dizer que jamais o ser humano foi livre.

Muitos poderão objetar que não poderá haver uma sociedade sem dirigente — com o que concordo perfeitamente — mas o que estou dizendo é que o errado é o sistema anti-humano, ou melhor, invertido, que os poderosos usam para servir só à patologia de alguns, que adquiriram poder social, seja pelo dinheiro, pela família, pelo sangue, pela raça, ou pela nacionalidade.

A Terra é um planeta que foi criado para todos os seres humanos, e alguns indivíduos fizeram um reino para si próprios; o resultado é que nem nós nem mesmo eles sentem-se bem — o que é provado pelo número de guardas, de grades, e de cuidados para preservar o roubo oficializado.

Pessoa alguma poderá dizer que vivemos em um Paraíso; pelo contrário, muitos falam que estamos em um verdadeiro inferno, o que é certo, porque o sofrimento e a doença se tornaram uma norma geral da humanidade — de tal modo que será impossível qualquer transformação individual, se não for feita a social. Portanto, o primeiro e grande passo é desinverter a sociedade, fazendo com que os poderes trabalhem para o povo, e não contra ele.

A conscientização deste fenômeno é condição fundamental para a transformação social, e a criação de uma sociedade (trilógica), desinvertida, é o segundo e definitivo passo. Já temos sociedades e empresas desinvertidas; assim todo o povo deverá chegar a isso, para servir a si mesmo, para ter toda abundância possível (alimentos, transportes, moradias, roupas) — sem avançar no que é do outro.

Sem derramamento de sangue, em toda paz, pouco a pouco, mas inflexivelmente, tiraremos o poder dos atuais poderosos, esgotando-os em sua avareza e voracidade — porque se o deixarmos, eles não têm qualidades, pois se as tivessem não passariam o seu tempo a nos atacar (e nem teriam tal interesse) — eles estariam como nós, trabalhando e satisfeitos com esta vida, que Deus nos deu. Eles são doentes graves, como os paranoicos, que precisam agredir e depender dos outros para viver.

Eis o caminho para o reconhecimento de toda injustiça social: que tem sido feita: a percepção da verdadeira psicopatogia, para saber qual é a sociopatologia; o que significa termos de ver que a sociedade foi sempre dominada pelos indivíduos mais doentes, que organizaram regulamentos doentes, e um sistema social doente, para dominar os indivíduos sãos.

Pessoa alguma (do povo) poderá se eximir desta responsabilidade, pois, se a sociedade é assim, é porque a maior parte ficou fora desta questão; temos nossos filhos e netos, eles terão filhos e netos também, que merecem viver em um verdadeiro mundo de paz e felicidade — que está ao alcance próximo de nossas mãos. Eu quero chegar a isto, Você, tenho certeza, o deseja também. Agora, é só se por neste tipo de ação boa, real e bela— que a beleza, o bem e o amor invadirão a face da Terra.

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