Os Hormônios do Afeto

Os Hormônios do Afeto

Cláudia B.S. Pacheco,
autora do livro A Cura pela Consciência – Teomania e Estresse

Assim como há hormônios específicos associados à raiva, à inveja e ao medo, certamente também devem existir hormônios que são característicos do amor, liberados quando o indivíduo sente afeto.

Freud teria acertado se não tivesse confundido a repressão ao amor com a repressão ao sexo em seu diagnóstico da causa das neuroses. É o relacionamento puramente sexual que é muito frequentemente procurado com o único propósito de escapar do que o indivíduo mais teme: o amor.

Repressão ao afeto

O ser humano tem medo terrível de amar. Ele identifica o amor com o sofrimento. E embora saiba que o amor é mais forte e mais poderoso do que ele, por meio de um processo de inversão de valores imagina que ele será absorvido e destruído por seus sentimentos. Consequentemente, ele reprime, não o afeto que significa carícias físicas, mas o afeto que é o sentimento inato do amor.

Esse medo pode ser observado mesmo em crianças, especialmente nas mais doentes (as mais perturbadas) que temem livre e abertamente aceitar e demonstrar afeto para as pessoas que mais gostam. Assim, desde a infância o amor vem a significar erro, perigo, fraqueza – tanto no seu sentido fraterno (universal) como na sua expressão pessoal (homem-mulher), e especialmente em relação a Deus, onde o amor é qualitativamente o mesmo sentimento, mas muito maior em intensidade.

Um paciente me perguntou certa vez por que, quando uma pessoa apaixonada vê o ente querido, começa a experimentar todos os sintomas característicos de alarme: batimento cardíaco rápido, suor nas mãos, tontura e até mesmo desmaio. Tais sintomas atestam a ideia de perigo iminente, quando somos superados por algo que é infinitamente maior e mais poderoso do que nós – algo além do nosso controle.

O que certamente deve ocorrer durante o processo de tratamento na Trilogia Analítica é que o paciente deixa de reprimir o afeto e começa a abandonar sua raiva, inveja, medo e fantasias. À medida que os hormônios do afeto são produzidos em maior quantidade, os hormônios psicopatológicos são liberados em quantidades decrescentes. É minha convicção que certas crianças não conseguem se desenvolver normalmente, especialmente aquelas que permanecem com baixa estatura, magras (raquíticas) e doentes, porque reprimem o amor e, ao fazê-lo, promovem sentimentos de inveja, competitividade e medo do fracasso.

Porém, pais e educadores, por favor, tomem nota: não é uma questão de falta de amor, no ambiente da criança; é uma questão de rejeição do sentimento de amor por parte da criança. Qualquer pessoa pode perceber que os indivíduos que são mais afetuosos têm pele mais saudável, menos rugas, tecidos mais firmes e uma forma mais harmoniosa em geral.

Tenho esperança de que, num futuro próximo, a ciência terá conseguido identificar os hormônios que são liberados em nosso corpo quando amamos com total liberdade e sem medo, pois certamente esses hormônios têm um forte poder para curar e estimular o desenvolvimento harmonioso.

Sugestão de Leitura


 

 

A Cura pela Consciência –
Teomania e Estresse

Aplicação da Ciência Trilógica na Medicina Psicossomática, este livro mostra que a verdadeira causa do estresse e das doenças psicológicas e orgânicas está no desconhecimento, tanto das atitudes e emoções patológicas do indivíduo, como da doença da sociedade.

Relata casos clínicos e mostra como o leitor pode curar a si mesmo e aos demais pelo método de interiorização (conscientização). Leitura indicada para qualquer pessoa, é de grande utilidade a profissionais da área de saúde e psicoterapia.

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Artigo publicado no Jornal STOP Ed. Especial do Instituto Keppe & Pacheco nº 6

Artigos:

O Sucesso Pessoal Depende da Aceitação do Sucesso dos Outros

Os Hormônios do Afeto

Empreendedorismo Trilógico (Coworking)

Como Educar Crianças Através de Histórias Infantis

Curso de Gestão de Conflitos no Direito do Consumidor

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