Seja Esperto, Aceitando o Bem, o Belo e o Verdadeiro

Seja Esperto, Aceitando o Bem, o Belo e o Verdadeiro

Artigo publicado no Jornal STOP, edição 76

Norberto R.  Keppe,
Extrato do livro A Glorificação,
pág. 43

“Não se pode falar do ser humano sem se abordar o seu Criador porque um é a imagem do outro”

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Existem duas atitudes patológicas no ser humano em relação à verdade, ao amor e à beleza: uma de agressão, e outra de depressão. Aliás, ele sofre justamente por ter se tornado inimigo do seu Criador e, como consequência, de sua própria realidade, porque foi criado segundo a sua imagem e semelhança.

Sabemos que, para ser normal, dependemos de outro Ser e tal constatação não é bem aceita, porque retira-nos da fantasia de tudo poder (onipotência); para ser louco, basta a própria decisão mas, para ser são, precisamos de Deus.

Não se pode falar do ser humano sem se abordar o seu Criador porque um é a imagem do outro; ele é a consequência de um trabalho anterior, do amor e pensamento de quem o criou. Portanto, existe uma ligação indefectível com Ele, pois até as máquinas precisam da assistência dos seus técnicos.

Existe um erro básico de visão, quando atribuímos todas as nossas dificuldades a alguma patologia interna, da qual seríamos vítimas — não querendo perceber que a psicopatologia é simplesmente o resultado de toda uma conduta de rejeição, omissão ou alteração da realidade. Exemplificando: somente à medida que vamos evitando o contato humano, desvalorizando a cultura, agredindo o afeto, é que nos colocamos no estado de alienação, com os seus devidos nomes: neurose, psicose, mania, esquizofrenia, depressão etc., inclusive com o comprometimento orgânico e todas as suas psicossomatizações.

“Não se pode falar do ser humano sem se abordar o seu Criador porque um é a imagem do outro”
“Não se pode falar do ser humano sem se abordar o seu Criador porque um é a imagem do outro”

Cada coisa tem dentro de sua estrutura a sua própria finalidade, isto é, tudo o que existe, existe para alguma coisa — e o que se chama de razão de existir, para o ser humano, é a sua semelhança com Deus — portanto, com todas as prerrogativas inerentes a essa condição. Por esse motivo, quando não as podemos realizar, caímos no sofrimento atroz. Patologia é o esforço de querer ser algo que não se precisa ser — tudo que a pessoa deveria ser já é.

Praticamente, nossas decisões são as mesmas do Criador porque não podemos querer senão o que Ele quer, dada a mesma imagem e semelhança; em tudo somos “iguais”, só tornando- nos diferentes, quando desejamos algo que nem Ele mesmo poderia conseguir.

Toda a humanidade automaticamente se volta para Deus (mesmo não o sabendo) porque não há outro motivo para se voltar, pois fomos criados para Ele, o único que possui tudo que precisamos. Podemos, evidentemente, ter um desejo contrário ao do Criador, mas será sempre oposto ao que nós realmente desejamos — pois o nosso gosto é e será sempre idêntico ao dele.

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