Um ano de Fukushima: a busca por uma revolução energética

Um ano de Fukushima: a busca por uma revolução energética

Em 11 de março de 2011, o Japão sofria as consequências do terremoto que devastou cidades e expôs a vulnerabilidade do sistema energético nuclear. Após um ano, a data será marcada no Brasil e no mundo por mais de cem manifestações do Movimento Antinuclear.

Com correntes humanas e um minuto de silêncio, ativistas vão relembrar a catástrofe de Fukushima, mas não só: também vão propor alternativas para uma produção limpa e segura de energia elétrica.

O atos estão marcados para acontecer simultaneamente no mesmo horário do acidente em Fukushima: às 10h15 do próximo domingo (11/3), nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Angra dos Reis (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Salvador (BA), Brasília (DF), Recife (PE) e João Pessoa (PB). Ações similares serão realizadas em mais 17 países, como Alemanha,França, África do Sul, Estados Unidos e Japão.

Nos protestos pelo Brasil, as instituições à frente da mobilização vão recolher assinaturas para viabilizar uma emenda constitucional (em PDF) que prevê a paralisação das obras de Angra III e das que estão por vir. Atualmente, há duas usinas em operação no país – a terceira está em fase de implementação. E o governo prevê, ainda, a construção de mais quatro empreendimentos até 2030.

Busca por alternativas

Contudo, a luta por uma revisão da política energética brasileira ganhou mais força após o desastre na cidade japonesa. Duas organizações surgiram com o objetivo de criticar e evitar a expansão das usinas nucleares no país. No ano passado, formaram-se a Coalizão Brasileira Contra Usinas Nucleares e a Articulação Antinuclear Brasileira.

Ambas promovem o Movimento Antinuclear junto ao Greenpeace, que disponibilizou na rede o documento “Revolução Energética” (em PDF). O estudo enfatiza as vantagens do investimento em fontes energéticas como a eólica e solar.

“Sabemos que há solução. As fontes de energia renováveis são as melhores alternativas à produção de energia nuclear. O que aconteceu no Japão, ano passado, é um alerta. A energia nuclear oferece altos riscos, é imprevisível”, lembra Pedro Henrique Torres, coordenador de campanhas de Clima e Energia do Greenpeace. “Do ponto de vista ambiental, a política energética brasileira hoje é ainda muito tímida, refém de grandes obras. Prioriza e não quebra monopólios. Por isso, estamos propondo uma revolução energética”, ressalta.

Para participar do Movimento Antinuclear, acesse o site da Articulação e veja os locais de mobilização. A concentração acontece minutos antes dos atos, às 9h30.

Fonte: Monike Mar, da redação – Cúpula dos Povos

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